Pouco depois de sua abertura, já entrou definitivamente em campo negativo e logo perdeu os 54 mil pts, passando a oscilar sempre em baixa e ao redor dos 53.700 pts (-0,99%) na parte da tarde, com volume financeiro condizente.
Em verdade, a perda no dia se contrapôs ao ganho de ontem, com os investidores optando por realizações de curtíssimo prazo antes do feriado de amanhã (4) e da divulgação do destaque da semana, o payroll (criação de vagas na economia) nos EUA, na próxima sexta-feira (que será um “pregão imprensado” na Bovespa).
Os setores que mais pesaram foram: Bancos; Siderur./Mineração; Agronegócios; e Consumo. Vale e Petrobras também fecharam em baixa.
Na Bovespa, o 1º IPO (abertura de capital) do ano foi da Par Corretora (PARC3), da Caixa Seguros. A oferta, toda secundária, foi precificada a R$12,33 por ação, quase no teto do intervalo proposto, entre R$11,25 a R$12,35 por ação, mas, 6,29% acima do limite máximo anterior sugerido, de R$11,60 por ação, visto que informações (sem citar preço) dão conta que a demanda alcançou R$5,3 bilhões. Assim, o montante captado foi de R$602,8 milhões. O início de negociação será no próximo dia 5.
Nos EUA, o “Livro Bege” do Fed, com o perfil das condições econômicas atuais, não influenciou a percepção dos investidores, assim como os dados econômicos mistos divulgados. Na Europa, o presidente do BCE (Banco Central Europeu) ratificou que permanecerá a compra prevista de €60 bilhões por mês até setembro de 2016, além de ter revisto para cima a estimativa de inflação para a zona do euro, trazendo alívio aos agentes.
O índice doméstico fechou aos 53.523 pts (-1,32%), acumulando +1,45% na semana (e no mês), +7,03% no ano e +2,87% em 12 meses. Em dados preliminares, o bom giro da Bovespa foi de R$6,58 bilhões (R$6,35 bilhões no mercado à vista), com o volume do índice em R$5,60 bilhões.
No último dado disponível, a Bovespa registrou saída de capital externo de R$24,267 milhões no último dia 1º de junho (+R$1,472 bi em maio; +R$7,605 bi em abril; +R$3,809 bi em março; +R$4,481 bi em fevereiro; +R$1,575 bilhão em janeiro) e acumulando R$18,919 bilhões em 2015.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,1320 (-0,06%), acumulando -1,66% na semana (e no mês), +17,97% no ano e +37,43% em 12 meses. Nos juros futuros (DI), as taxas, como um todo, tiveram pequenas elevações, em dia de “ajuste fino”, antes da decisão do Copom na noite de hoje, onde os agentes esperam alta de 50 pontos-base na taxa Selic, para 13,75% a.a. Indicadores.
No Brasil, a taxa de desemprego, mensurada pela PNAD contínua, subiu para 8,0% no trimestre encerrado até abril, versus 7,1% no mesmo trimestre do ano passado e 7,9% no 1º trimestre de 2015.
Já a renda média real habitual dos trabalhadores foi de R$1.855,00, frente a R$1.862,00 no mesmo trimestre de 2014 e R$$1.840,00 no 1º trimestre de 2015.
Nos EUA, a ADP informou a geração de empregos privados em 201 mil em maio, ante 165 mil em abril - consenso em 200 mil.
A balança comercial norte-americana teve déficit de US$40,9 bilhões em abril, contra -US$50,6 bilhões em março – consenso em -US$44,0 bilhões.
Agenda da semana.
No Brasil, se sobressai a decisão da taxa básica de juros e, além da taxa de desemprego nacional (PNAD contínua) - ambas no dia 3; nos EUA, destaque para o payroll (criação de vagas na economia) e para a taxa de desemprego – ambos no dia 6, além da produtividade e do custo de mão de obra, no dia 4; na Europa, PMIs composto e de serviços de Alemanha, França e zona do Euro, além da decisão de política monetária do BCE (Banco Central Europeu) - todos no dia 3; e no Reino Unido, decisão da taxa de juros do BoE (Bank of England) no dia 4.
Confira no anexo o relatório sobre o comportamento do mercado financeiro nesta 4ª feira, 03.06, elaborado por analistas de investimento do BB Investimentos
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